Paulinho sofre intolerância religiosa após jogo pela Seleção

O atacante Paulinho, artilheiro do Atlético-MG, passou recentemente uma situação nada agradável após a derrota da Seleção Brasileira contra a Colômbia. Recebendo uma oportunidade pela primeira vez ao ser convocado pelo técnico Fernando Diniz, Paulinho, que é praticante do Candomblé e conhecedor da Umbanda, enfrentou não apenas a frustração da derrota em campo, mas também a intolerância religiosa que, lamentavelmente, ainda persiste em diversos setores da sociedade, incluindo no futebol.

Artilheiro do Atlético-MG na temporada e líder de assistência também no Campeonato Brasileiro, o atleta foi convocado para as partidas contra Colômbia e Argentina. Sua participação foi aguardada com expectativa, dado ao seu destaque no campeonato brasileiro. Contudo a trajetória do atacante na partida contra os colombianos tomou um rumo inesperado.

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Paulinho entrou no segundo tempo, quando a seleção brasileira estava vencendo o jogo por 1 a 0, o atleta esteve em campo no momento em que Luiz Díaz marcou os dois gols da virada colombiana. A derrota culminou não apenas em críticas à atuação da equipe, mas também trouxe à tona um problema mais profundo e lamentável: a intolerância religiosa.

Após a partida, as redes sociais foram palco de manifestações de desrespeito e preconceito contra atleta do Atlético Mineiro. O jogador, que demostrou toda a sua gratidão a Exù, um dos maiores orixás do Candomblé, ao receber a notícia da convocação, foi alvo de piadas de mau gosto e comentários discriminatórios no antigo Twitter.

A intolerância religiosa, que deveria ser combatida a fogo e ferro, mostrou sua face cruel, revelando a necessidade urgente de conscientização e respeito à diversidade religiosa no Brasil. As redes sociais, por sua vez, tornaram-se um campo de batalha virtual onde o preconceito se manifesta de maneira rápida e na maiorias das vezes o culpado fica impune.

O atleta, ao se destacar como artilheiro e ser convocado para a Seleção Brasileira, não apenas demonstra sua habilidade nos gramados, mas também se torna um símbolo de representatividade para aqueles que compartilham suas crenças religiosas. O futebol, como um dos maiores fenômenos culturais do Brasil, deve ser um espaço inclusivo, onde a diversidade é respeitada e celebrada.

A resposta de Paulinho diante da intolerância é crucial para sensibilizar a sociedade sobre a importância do respeito à liberdade religiosa. Sua postura firme diante das adversidades pode inspirar outros atletas e indivíduos a levantarem suas vozes contra o preconceito, promovendo um ambiente mais tolerante e inclusivo no esporte e na sociedade como um todo.

A situação enfrentada por Paulinho após a derrota da Seleção Brasileira contra a Colômbia mostra não apenas os desafios no campo esportivo, mas também a persistência da intolerância religiosa em nossa sociedade. É extremamente importante destacar que casos como esse sejam abordados não apenas como incidentes isolados, mas como oportunidades de promover o diálogo e a conscientização sobre a importância do respeito à diversidade.

O esporte, como uma influencia da sociedade, deve ser um espaço onde todos os indivíduos, independentemente de sua religião, sintam-se respeitados e representados. A atuação de atleta, não apenas como goleador, mas como alguém que enfrenta o preconceito de cabeça erguida, destaca a necessidade contínua de lutar contra a intolerância religiosa e construir um ambiente mais inclusivo para todos.

Confira algumas mensagens de ódio direcionada ao jogador:

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