laudo da necrópsia revela horror e sinais antigos de abuso
As investigações sobre a morte da menina Sophia tem trazido revelações duras de enfrentar. A menina tinha dois anos e morreu após repetidas sessões de maus-tratos, praticados, ao que tudo indica, pela própria mãe e padrasto.
Sophia deu entrada na UPA no último dia 26 de janeiro, já desacordada e com sinais de agressões. A menina chegou a ser socorrida, mas não resistiu e teve a morte confirmada horas após a entrada no hospital.
Durante exame dos médicos, já tinham sido constatados sinais de maus-tratos. No entanto, um laudo da necrópsia revela com mais detalhes a extensão dessas lesões. Segundo documento, a causa da morte foi um traumatismo raquimedular em coluna cervical.
Além disso, o laudo também aponta que a menina tinha sinais de estupro, não apenas na data da morte. Segundo o documento, Sophia tinha sinais de alargamento do ânus que apontam que os abusos já haviam acontecido antes.
A mãe da menina, identificada como Stephanie de Jesus, 24 anos, e o padrasto, Christian Campoçano Leitheim, estão presos. Eles já tinham sido indiciados por homicídio qualificado, mas também devem ser indiciados por estupro de vulnerável.
A secretaria de saúde de Campo Grande também realiza apuração interna para investigar suspeitas de negligência. A menina deu entrada em unidades de saúde mais de 30 vezes, com sinais de maus-tratos e nada foi feito.
Do outro lado, o pai da menina também denuncia homofobia na maneira como o caso foi tratado. Ele, que é casado com outro homem, procurou a polícia, conselho tutelar e Justiça para proteger a filha, mas não teve resposta.