Escrivã que tirou a própria vida gravou áudios denunciando agressão e assédio; escute

Rafaela Drumond, de 31 anos, teve o seu falecimento confirmado neste último dia 9. Ela atuava como escrivã e através de alguns áudios chegou a denunciar toda a situação de assédio e violência que sofreu.

Nos áudios, é possível ouvir a voz da escrivã relatando episódios de perseguição, boicote, agressão física por parte do trabalho da Polícia Civil de Minas Gerais.

Canais de comunicação tiveram acesso aos vinte minutos de desabafo que a escrivã fez e enviou para uma amiga.  Neste momento, o material está sendo analisado para as autoridades.

Além disso, um vídeo em que ela aparece sendo ofendida por um suposto colega está sendo verificado.  Rafaela teria tirado a sua própria vida e foi encontrada pelos seus pais, dentro de sua casa, na região de Antônio Carlos.

A Polícia Civil chegou a abrir um inquérito para investigar o caso. Por enquanto, ninguém teve a identidade revelada. Nos áudios, todos os nomes citados por Rafaela foram censurados.

Um vídeo, de apenas 35 segundos mostra Rafaela discutindo com alguém. A pessoa teve a voz modificada, mas assume ter chamado a escrivã de piranha e desafia Rafaela a denuncia-lo (assista o vídeo aqui).

Já por áudio, Rafaela conversou com amigos e relatou mais detalhes sobre o vídeo, afirmando que o homem era casado e dava em cima dela, mas diante das recusas passou a ofende-la (escute aqui).

Em certo momento, Rafaela revela que sofreu assédio sexual, mas que foi recomendado que ela não denunciasse a situação. A escrivã, em outro áudio, admitiu que tinha medo de denunciar e sofrer retaliações (escute aqui).

Ela também chegou a dizer que não gostava de desabafar com os amigos e familiares, pois se trata de uma situação desgastante. O mesmo comportamento também foi relatado pelos pais, que não sabiam dos casos de assédio.

Eu nem contei pra vocês, porque, sabe, umas coisas que me desgastam. Quanto mais eu falo, mais a energia volta. Fiquei calada. […]”, disse ela, nos áudios.

Agora, os pertencentes de Rafaela estão sendo periciados para tentar encontrar mais provas, como o seu celular.

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