Corpo carbonizado de ator desaparecido é encontrado em São Paulo

O assassinato de Yago Henrique França, um jovem ator, tarólogo e drag queen de 29 anos, causou consternação e revolta em todo o país. Seu corpo foi encontrado carbonizado em Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo, em 7 de março de 2023. A notícia abalou a comunidade LGBTQIA+ do Brasil, que se mobilizou para exigir justiça e acabar com a violência e a discriminação contra a comunidade.

A mãe de Yago, Simone Garcia França, foi quem reconheceu o corpo. Ela afirmou que reconheceu o filho pelas tatuagens que ele tinha no braço e na perna. “Como uma mãe não vai reconhecer?”, disse ela em entrevista à imprensa. “Ainda bem que acharam, senão ele iria ser enterrado como um indigente.”

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O desaparecimento de Yago foi registrado em boletim de ocorrência em 28 de fevereiro pelo pai do jovem, Mario Adilson França. Segundo a família, ele saiu de casa no dia 27 para um encontro marcado por um aplicativo de relacionamento e não foi mais visto. Desde então, amigos e familiares se mobilizaram nas redes sociais para encontrar o jovem.

A notícia da morte de Yago gerou indignação e suspeitas de homofobia por parte de amigos e membros da comunidade LGBTQIA+. De acordo com a Secretaria da Segurança Pública (SSP) de São Paulo, o caso foi registrado como “morte suspeita” e está sendo investigado pela Delegacia de Itapecerica da Serra. Uma perícia e exame necroscópico da vítima foram solicitados.

O assassinato de Yago não é um caso isolado no Brasil. A violência contra a comunidade LGBTQIA+ tem aumentado nos últimos anos, com crimes de ódio e discriminação em todo o país. Em 2022, foram registrados pelo menos 329 assassinatos de pessoas LGBT no Brasil, segundo o Grupo que representa essa classe no estado da Bahia, que monitora a violência contra a comunidade desde 1980.

Além disso, a discriminação e o preconceito são frequentes no dia a dia da população LGBT. Segundo pesquisa realizada pela ONG britânica Stonewall, 61% dos brasileiros LGBTQIA+ já sofreram discriminação no trabalho, 58% foram vítimas de violência verbal e 32% sofreram violência física.

Para combater a violência e a discriminação contra a comunidade LGBTQIA+, é necessário promover a educação e a conscientização sobre os direitos humanos e a diversidade. É preciso também criar leis que punam a violência e a discriminação motivadas pela orientação pessoal e identidade de gênero. A criação de políticas públicas que garantam a igualdade de direitos e oportunidades para a população LGBTQIA+ é essencial para combater a discriminação e promover a inclusão social.

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