Cooperativa nega liberação de funcionários para velório de vítimas após explosão e caso para na Justiça

Na última quarta-feira (26/07), oito pessoas morreram vítimas de uma explosão em Palotina, Paraná. A tragédia aconteceu em uma cooperativa agroindustrial, a C. Vale, e comoveu brasileiros por todo o país.

A tragédia aconteceu na tarde da quarta-feira e o trabalho de buscas entrou a madrugada de quinta-feira (27/07). Além das vítimas fatais, também houveram sobreviventes internados.

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O episódio trouxe consternação para todo país, além de uma sensação de luto coletiva na cidade. A explosão, segundo muitos moradores, chegou a ser sentida a muitos metros de distância da cooperativa.

Por isso, a informação de que a empresa decidiu não liberar seus funcionários para o funeral dos colegas causou espanto e revolta. O caso foi levado à Justiça, que determinou a liberação dos funcionários.

Nesta sexta-feira (28/07), foi divulgada a decisão da Justiça do Trabalho, que determinou a liberação dos funcionários por pelo menos duas horas no dia do funeral, e de liberação integral para o sepultamento.

Na decisão, a Justiça ressalta que “ao impedir as últimas homenagens de seus funcionários aos colegas de trabalho vitimados pelo terrível acidente, em virtude da manutenção do integral funcionamento de sua cadeia produtiva, a cooperativa viola os mais basilares princípios do direito humano”.

Ainda foi determinada a multa de R$20 mil por cada funcionário impedido de velar seus colegas, caso a cooperativa se negue a cumprir a decisão da Justiça. Ao todo, foram 8 vítimas fatais.

Segundo as informações oficiais, dentre as vítimas estavam 7 trabalhadores haitianos e um brasileiro. Na cidade, uma comunidade haitiana reside e se organiza para se despedir das vítimas.

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