‘Meu pai entrou andando e saiu em um caixão’, desabafa filha

Na manhã desta última terça-feira (14), familiares e amigos se despediram de Antônio Caetano, de 67 anos, descrito como um trabalhador bondoso que sempre esteve disposto a ajudar a todos que precisavam.

Caetano como era conhecido, teve sua vida brutalmente interrompida pelo policial militar reformado José Roberto, autor do crime que ocorreu na manhã de segunda-feira (13), dentro de uma das salas de audiência do Procon, em Campo Grande, capital do estado de Mato Grosso, e que agora está foragido.

Abalados com a perda do pai, os filhos de Caetano relataram a dor e a angústia que estão sentindo e pedindo por Justiça. “Meu pai entrou andando no Procon e saiu dentro de um caixão”, desabafou Juliana Caetano, de 31 anos.

Ela acrescentou ainda que este é um dos piores dias de sua vida e que nada pode trazer o pai de volta, mas espera que as autoridades façam justiça pelo crime hediondo que foi cometido.

Familiares, amigos e conhecidos do empresário chegaram para a cerimônia de despedida muito emocionados e revoltados com a morte trágica de Caetano.

Ao falar sobre o empresário, Vagner, filho de Caetano, revelou que em seus 40 anos de trabalho, o pai nunca teve qualquer problema com clientes.

Ele enfatizou que, para eles, a justiça divina é a única que pode ser confiável, pois a dos homens é falha.

Vagner ainda mencionou que o motor do carro do policial foi reformado após apresentar problemas, mas que a garantia era apenas para o motor e que, portanto, ele teria que pagar pela troca de óleo.

Reprodução/Henrique Arakaki, Midiamax

Audiência de conciliação no Procon

Na sexta-feira (10), durante a primeira audiência, a conversa entre as partes envolvidas ocorreu de forma tranquila, tendo sido acordado que a dívida de R$ 630 seria resolvida. O devedor teria assinado um compromisso de pagar o valor correspondente a um reparo em um carro na manhã de segunda-feira, em uma audiência que estava marcada para as 8h30.

O fornecedor já havia chegado e estava dentro da sala, que fica no térreo, quando o PM chegou e abriu fogo contra ele. Embora testemunhas tenham relatado ter ouvido três tiros, a vítima foi atingida por dois, um na cabeça e outro no tórax. O atirador fugiu imediatamente após o ataque.

O caso segue sendo investigado.

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